Raul Seixas no país sem biografias


Meu amigo e parceiro Ricardo Soares escreveu um belo texto sobre o livro que começamos a escrever sobre Raul Seixas para uma editora que nasceu morta. O livro jamais foi terminado. Ficamos enrolados em pedidos de autorização, vaidades, interesses, incompetência, conflitos de ego, burocracias. Nossa vontade era mostrar Raul como ele foi: um verdadeiro gênio da música brasileira, tratado como um maluquinho por um país que costuma idolatrar as pessoas que não deveria.

Quando a biografia de Raul Seixas ficou impossível, preparamos outra sobre Juscelino Kubitschek. Esta ficou pronta, um livro completo com arte e capa de Yves Ribeiro e fotos de Juvenal Pereira. E o livro finalizado virou um arquivo inútil num disco de computador, morto e enterrado como o ex-presidente.

E isso tudo foi antes da volta da censura prévia no Brasil. Hoje provavelmente nenhum de nós ousaria pensar em escrever uma biografia de quem quer que fosse. Sem querer fomos atropelados pela premonição. 

O texto de Ricardo Soares pode ser lido aqui.

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