Os instrumentos da minha escrita


Como acontece com um mecãnico ou um cirurgião, quem vive de escrever precisa dos instrumentos mais adequados. Por ter passado pelos áridos estágios anteriores de escrita - caneta e papel, máquina de escrever - eu valorizo cada vez mais os recursos que estão sendo criados. Hoje minha vida profissional está mais ou menos dividida  nos seguintes instrumentos:


É meu instrumento básico faz tempo. E grátis. Ele evoluiu muito desde que se chamava Writely. É o melhor para se criar um texto básico e trabalhar nele continuamente, sem interrupção. Como tudo o que se faz na "nuvem", o que eu crio num GDoc está à disposição onde quer que eu esteja com conexão à internet. Isso facilita muito um trabalho criativo, sempre atualizado e disponível. Mas seus recursos de edição são limitados. Não dá para se fazer a edição final de um ebook, por exemplo.


Achei que o bom e velho Word não ia sobreviver à ascensão da Google. Mas deu uma reviravolta. O modelo 2013 do Word continua sendo o mais completo processador de texto de mercado. Tenho a consciência que nunca vou conseguir usar nem um décimo de seus recursos. Perfeito para criar os livros da Kindle/Amazon. Uma grande jogada da empresa de Bill Gates foi oferecer o pacote MS Office por um aluguel razoável. Que inclui um eficiente serviço de armazenamento na nuvem, o OneDrive. 


Escrever roteiro em Word é um pesadelo. (Imagine numa máquina de escrever - e eu já ajudei a escrever novelas numa Remington!). Usei por um bom tempo um programa chamado Movie Magic Screenwriter, que era bom, mas limitado e caro. Hoje, conto com o Celtx. Ele é completamente satisfatório e gratuíto. (Eu pago uma pequena taxa para poder usar seus serviços de nuvem). Uma de suas maiores vantagens é que possibilitar escrever roteiros para diversas mídias além de cinema/TV/vídeo. Existem modelos para áudio visuais, teatro, áudio e história em quadrinhos. Com o Celtx, a única desculpa para não escrever é a preguiça.

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