O odisseia de 50 Pilotos
Nem é preciso lembrar aqui o trabalho que dá escrever um livro. Pesquisa, organização, primeira versão, segunda versão, edição, primeira revisão, décima oitava revisão. E, no entanto, a gente faz. É incontrolável. O livro que criamos toma conta da gente como um filho mimado e nos obriga a ir até o fim. E esse fim nunca chega, pois por toda a eternidade encontraremos um erro de revisão ou uma frase que nos parece mal escrita.
Minha última aventura como autor foi 50 Pilotos: a Arte de se Iniciar uma Série. Ele começou a ser escrito oficialmente em 23 de dezembro de 2015. Selecionei 50 séries disponíveis e assisti apenas ao primeiro episódio de cada uma. A ideia era essa mesma: como um piloto apresenta todos os ingredientes de uma série que pode chegar a durar mais de 10 anos? Quais as técnicas que seus criadores usam para que os espectadores assistam ao primeiro episódio e não larguem mais aquela história por 2, 3, ou 10 anos?
Nem tudo é previsto. Às vezes o carisma de um ator ou uma atriz fazem a diferença. Ou a série surge num timing perfeito e satisfaz exatamente o desejo dos espectadores naquele momento. (Fenômeno conhecido como zeitgeist).
Outro fator interessante: nem sempre um bom piloto garante o sucesso de uma série. Breaking Bad é um piloto perfeito para uma série perfeita. Mas o exuberante primeiro episódio de Dead Like Me não evitou que a série durasse apenas duas temporadas. Por outro lado, o piloto cheio de falhas de Game of Thrones foi superado e a série virou o fenômeno global que todos conhecemos.
Os 50 pilotos foram escolhidos em primeiro lugar pela disponibilidade. A grande maioria deles é posterior a 2000. O mais antigo é A Feiticeira (Bewitched), de 1964. O mais recente, Westworld (2016). A lista completa está no site de compra do livro.
50 Pilotos é recomendado para quem segue séries de TV ou streaming. É dirigido também para estudantes e profissionais de storytelling, roteiro, direção, etc.
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